fevereiro 14, 2011

Só sei do que não gosto

Ser confrontada sobre as minhas idéias sempre me traz um recuo, um movimento de olhar pro umbigo, uma parada estratégica. Minha reação não é revidar, é ter primeiro um papo my self, analisar o ponto de vista do outro e depois deixar pra lá, pois eu acho a coisa mais linda respeitar a idéia alheia.

Se discordam de mim, tudo bem. Mas eu ainda não consigo entender o fato de o outro querer me convencer que ele, só ele, no mundo todinho está certo. Não, isso não. Essa pessoa ganha meu gentil silêncio e volta algumas casas no jogo da consideração.

fevereiro 13, 2011

Por onde andar?


“Já vou, será (?), eu quero ver. O mundo, eu sei, não é esse lá. Por onde andar? Eu começo por onde a estrada vai” – Rodrigo Amarante


O horóscopo – o novo e o velho, os conselhos religiosos, o espelho, o outro, eu. Todos me dizem: MUDE. Antes mesmo do final de 2010 já me inquietava com isso. Sim, eu quero e preciso mudar, isso é fato.

Mas mudar o que?

O cabelo, sobrancelha, a cor do batom, estilo de vestir, usar sapato alto, short curto, vestido? Mudar os hábitos alimentares, praticar esportes, beber mais água e etc, etc, etc? Ler mais, ver mais filmes, conhecer novos cantores, sair pra dançar, fugir da rotina, e por aí vai?

Tenho tentado de tudo, mas a inquietude permanece. Tenho descoberto a cada dia o quão é difícil ter uma vida disciplinadamente regrada, com metas traçadas e ações definidas. Mas tenho sido otimista e dou um voto de confiança ao Personare quando me diz que esse ano me trará mais amadurecimento e estabilidade. E quando vou aos cultos dia de domingo também fico cheia de entusiasmo acreditando que tudo que tenho planejado aqui dentro há de se realizar, com uma forcinha divina, claro.

Tenho insatisfações como toda criatura e é delas que gosto de escrever. Mas sou feliz e aprendi a gostar do incômodo, pois ele sempre traz boas mudanças, períodos de calmaria e aconchego. A verdade é que tudo se trata de um processo de autoconhecimento, aquele mesmo que eu comecei a registrar no outro blog em 2005, e que hoje me fez querer deixar pra trás tantas lembranças que já não fazem sentido ao meu consciente, mas que com certeza, fizeram de mim a pessoa que escreve agora dizendo que não faz mais sentido. Estranho paradoxo.

Uma das maiores inquietações vem do trabalho. Claro! Passo 70% (ultimamente mais do que isso) do meu tempo trabalhando, convivendo com pessoas do trabalho, respirando aquele ar, conversando aqueles assuntos e me testando dia a dia. E por vezes tenho a sensação de que esse mundo não é o que eu realmente queria ter. Mas qual seria então? Educação, marketing, publicidade, música, vendas, qualquer cargo público que pague bem por 6 horas de trabalho?

Creio que o maior problema seja eu simplesmente não saber. O meu maior medo é nunca encontrar esse mundo legal, no qual eu não viva na expectativa da sexta-feira. Isso é tão triste. O que eu sei é: tudo que você se propõe a fazer com esforço e dedicação tem grandes chances de dar certo. Ok. Mesmo assim tá difícil. O importante é que eu não vou desistir.