setembro 27, 2011

Escolher pra quê?

O blog não tem representado um bom espaço pra mim. Entro aqui e a impressão é de que não saí do canto, o que não é uma verdade. De toda forma, vir aqui e escrever qualquer coisa que vá me levar pro mesmo lugar de sempre me joga na cara aquilo que eu definitivamente não tenho habilidade para fazer: decidir.

Seja em qualquer circunstância, ter mais de uma opção (sim e não coexistem) já se configura em mim uma situação conflitante, pesada, quase uma roleta russa. Descontando o exagero das letras, é mais ou menos isso que acontece.

Quando eu não consigo decidir sobre algo, outro fato é jogado na minha cara: eu não sei o que eu quero. Beleza. Nem todo mundo sabe sempre o caminho a seguir. Mas eu penso que a maioria das criaturas consegue buscar lá no tal do íntimo, ou no sexto, oitavo sentido, através da intuição, cartas de tarô ou horóscopo do dia a melhor inclinação pro que desejam fazer. Opa, apareceu uma nova palavrinha: DESEJO.

Em filosofia,o desejo é uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida” – pt.wikipedia.org/wiki/Desejo

Hummm, desejar é querer, um querer consciente ou não, mas que vai trazer a tal da satisfação. Pronto, tem que saber o que QUER. De novo. Eu geralmente não sei. Investigando o porquê de eu não saber, penso que deve ser falta de habilidade em me ouvir, me dar atenção, algo bem individual, eu e meu umbigo e botões, sentir mais e pensar menos, talvez.

Com a Suely eu consegui evoluir em alguns pontos. Alguns nãos saem com mais facilidade, algumas semelhanças com a Roberta ficaram evidentes e tradicionalmente a figura da Mãe esteve no meio disso tudo. Hoje eu dei uma pausa nesse processo de autoconhecimento acompanhado, por causa de algumas escolhas fora de hora, pra não dizer erradas.

Escolher parece ter mais a ver com tentativas e erros do que com análise econômico-psico-social. Cada escolha, uma renuncia, uma sentença, um ônus, um bônus, e uma confusão no meu juízo.

O Fernando Catatau me entenderia.

Escolher entre chuva e sol, é o mesmo que sofrer de hérnia e correr uma maratona de cem passos de animais"