abril 05, 2011

Hoje eu só quero que o dia termine bem

Hoje é uma terça feira de abril, já é outono e estou convencida de que essa é minha estação. Porque é nela que se dá uma fase bem complicadinha, de difícil entendimento pessoal pra depois eu acordar numa manhã nublada achando que a maturidade me alcançou. Parece que é nesse período que eu saio um pouco mais do casulo e chego mais perto da possibilidade de voar.

Só que hoje o casulo tá apertadíssimo. Sinto uma angústia sem tamanho, uma vontade de não ser do mesmo jeito e de fazer tudo diferente. TPM à parte, as minhas férias me permitiram pensar mais sobre mim e sobre o mundo de possibilidades. Hoje foi muito difícil forjar uma vida real.

Eu só queria ter sonhos no pensamento, fechar os olhos, sentir um cheiro bom, respirar. Hoje eu percebi que nem respirar é fácil e o que mais me chateia é carregar um tom dramático e melancólico em tudo isso. Porque que eu não tenho uma natureza pragmática entre as 7h e 19h do dia?

Envolvida por afeto, neosaldina e a voz do Marcelo Camelo com as melodias do seu segundo CD solo (chamado toque dela) eu vou me embrulhar na cama, respirar e dormir na espera de acordar numa manhã nublada.

fevereiro 14, 2011

Só sei do que não gosto

Ser confrontada sobre as minhas idéias sempre me traz um recuo, um movimento de olhar pro umbigo, uma parada estratégica. Minha reação não é revidar, é ter primeiro um papo my self, analisar o ponto de vista do outro e depois deixar pra lá, pois eu acho a coisa mais linda respeitar a idéia alheia.

Se discordam de mim, tudo bem. Mas eu ainda não consigo entender o fato de o outro querer me convencer que ele, só ele, no mundo todinho está certo. Não, isso não. Essa pessoa ganha meu gentil silêncio e volta algumas casas no jogo da consideração.

fevereiro 13, 2011

Por onde andar?


“Já vou, será (?), eu quero ver. O mundo, eu sei, não é esse lá. Por onde andar? Eu começo por onde a estrada vai” – Rodrigo Amarante


O horóscopo – o novo e o velho, os conselhos religiosos, o espelho, o outro, eu. Todos me dizem: MUDE. Antes mesmo do final de 2010 já me inquietava com isso. Sim, eu quero e preciso mudar, isso é fato.

Mas mudar o que?

O cabelo, sobrancelha, a cor do batom, estilo de vestir, usar sapato alto, short curto, vestido? Mudar os hábitos alimentares, praticar esportes, beber mais água e etc, etc, etc? Ler mais, ver mais filmes, conhecer novos cantores, sair pra dançar, fugir da rotina, e por aí vai?

Tenho tentado de tudo, mas a inquietude permanece. Tenho descoberto a cada dia o quão é difícil ter uma vida disciplinadamente regrada, com metas traçadas e ações definidas. Mas tenho sido otimista e dou um voto de confiança ao Personare quando me diz que esse ano me trará mais amadurecimento e estabilidade. E quando vou aos cultos dia de domingo também fico cheia de entusiasmo acreditando que tudo que tenho planejado aqui dentro há de se realizar, com uma forcinha divina, claro.

Tenho insatisfações como toda criatura e é delas que gosto de escrever. Mas sou feliz e aprendi a gostar do incômodo, pois ele sempre traz boas mudanças, períodos de calmaria e aconchego. A verdade é que tudo se trata de um processo de autoconhecimento, aquele mesmo que eu comecei a registrar no outro blog em 2005, e que hoje me fez querer deixar pra trás tantas lembranças que já não fazem sentido ao meu consciente, mas que com certeza, fizeram de mim a pessoa que escreve agora dizendo que não faz mais sentido. Estranho paradoxo.

Uma das maiores inquietações vem do trabalho. Claro! Passo 70% (ultimamente mais do que isso) do meu tempo trabalhando, convivendo com pessoas do trabalho, respirando aquele ar, conversando aqueles assuntos e me testando dia a dia. E por vezes tenho a sensação de que esse mundo não é o que eu realmente queria ter. Mas qual seria então? Educação, marketing, publicidade, música, vendas, qualquer cargo público que pague bem por 6 horas de trabalho?

Creio que o maior problema seja eu simplesmente não saber. O meu maior medo é nunca encontrar esse mundo legal, no qual eu não viva na expectativa da sexta-feira. Isso é tão triste. O que eu sei é: tudo que você se propõe a fazer com esforço e dedicação tem grandes chances de dar certo. Ok. Mesmo assim tá difícil. O importante é que eu não vou desistir.

janeiro 18, 2011

Pra começar

Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer...

Depois de 5 anos de “deixaoveao” chegou a hora de partir pra outro espaço. Há algum tempo estava matutando num nome pra outro blog e ontem consegui esse “minhasreticencias”. Reticências significa expressar-se de maneira incompleta, omitindo alguma coisa sobre que não se pode ou não se quer falar.

Então, o blog certamente será mais um diário online onde deixarei registros da minha vida, aquilo que está do lado de dentro e que nem sempre quero ou consigo falar, aquilo que não cabe em 140 caracteres, aquilo que me alivia a alma, aquilo que me motiva, me chateia, me faz sonhar, aquilo que eu acredito. Aquilo do que o meu coração está cheio.