abril 03, 2012

Maquininha do tempo: te quiero!

Hoje é um dos primeiros dias de saudade grande do que passou.
Coisa que só quem foi muito feliz um dia pode sentir, e por isso deveria ser feliz pra sempre. Mas a rotina retira o glamour de se deixar sonhar, de apenas sentir que tudo é especial.

A maior saudade vem de um lugar qualquer, que poderia ser a minha cidade, perto dos meus amigos, da família e de uma vida mais real. Esse lugar lembra Barcelona, Paris, Berlin ou Londres. Mas é mais possível, não requer tanto investimento, nem férias. Tem um clima bom aliado a uma segurança que nos permite andar. Meu corpo já sente os efeitos do não andar. De não ter o tempo de andar, de não querer andar. Do cansaço que não vem do esforço físico, mas do esforço de manter-se satisfeita quando nem tudo é agradável e é pecado reclamar.

Hoje é um dos primeiros dias que voltar no tempo seria solução pra tudo. Apenas reviver um pedaço da existência, tão bela, perfeita e seguir em frente parece significar uma negação do que se quer lembrar pra sempre. E o medo de esquecer traz saudade. E saudade traz sonho, pois no fim de tudo, sonhar é o bem mais duradouro e fácil de ter nas mãos.


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