novembro 30, 2011

Voltando por aí

Quantas voltas o mundo dá? Pra responder melhor, preciso definir sentenças do tipo: mundo=planeta terra; voltas = giro em torno do sol. Ok, mas eu descobri que tem a ver com Saturno também. A cantora Tiê falava pra Marília Gabriela sobre o tal retorno de Saturrno e elas super concordaram a ponto de nem precisar falar sobre isso, um simples inclinar de cabeça foi suficiente para que eu tivesse a percepção que essa era uma das grandes verdades absolutas do universo. Certo. A curiosidade me levou ao Google e lá descobri que o tal retorno de Saturno significa que o planeta concluiu uma volta em torno do sol. Esse processo leva 29, 30 anos. Bingo! E esse fechamento e inicio de ciclo causa a maior confusão na vida das pessoas que nos seus 29, 30 anos ficam cheias de conflitos e redefinições. Bingo de novo! Tem até a ver com a conclusão a qual cheguei sobre meus dramas pessoais. Tava tudo tão travado que eu achei melhor deixar quieto, não me desgastar, deixar rolar, me acovardar. Mas se eu soubesse da p#$&! do tal Saturno não precisaria das sessões de autoconhecimento né? Claro que precisaria.

Falando agora das voltas que o mundo dá de uma maneira mais metafórica, estou cá no Rio de Janeiro por quinze dias para participar de um curso de Redes de Dados. Nesses últimos 3 dias, fiz conversões de binário pra hexa decimal, defini endereçamentos IP para redes e sub-redes /30, li sobre muitos protocolos e encapsulamentos e camadas no modelo OSI. Me acompanham pessoas de todo canto do Brasil - São Paulo, Brasília, Curitiba, Recife, BH... Um universo tão diferente do que pensei no último ano para o futuro, no entanto há uma força me puxando pra esse lado, há caminhos se abrindo, possibilidades surgindo e eu continuo esperando pelos anéis de saturno.

Esses 30 anos devem me trazer alguma claridade enfim, nem que seja a partir do meu relógio biológico. Uma licença maternidade parece ser a solução de todos os problemas do mundo. Encarar mudanças parece ser o caminho mais tortuoso e sofrido e eu nem vi que o tempo passou tanto e que já é dezembro e que 2011 me engoliu. Nada está definido ainda e acho que nunca estará. O que precisa ser feito é assumir as escolhas e ser feliz com elas, nem que seja repetindo das frasezinhas que o meu Personal Life Coach me ensinou na sessão viabilizada pelas compras coletivas.

O mundo dá voltas sim e graças a isso nunca estamos no mesmo lugar, por mais que pareça. Algo está sempre acontecendo, nem que a gente não perceba, nem que não queira. A vida não pára. Ainda bem.

setembro 27, 2011

Escolher pra quê?

O blog não tem representado um bom espaço pra mim. Entro aqui e a impressão é de que não saí do canto, o que não é uma verdade. De toda forma, vir aqui e escrever qualquer coisa que vá me levar pro mesmo lugar de sempre me joga na cara aquilo que eu definitivamente não tenho habilidade para fazer: decidir.

Seja em qualquer circunstância, ter mais de uma opção (sim e não coexistem) já se configura em mim uma situação conflitante, pesada, quase uma roleta russa. Descontando o exagero das letras, é mais ou menos isso que acontece.

Quando eu não consigo decidir sobre algo, outro fato é jogado na minha cara: eu não sei o que eu quero. Beleza. Nem todo mundo sabe sempre o caminho a seguir. Mas eu penso que a maioria das criaturas consegue buscar lá no tal do íntimo, ou no sexto, oitavo sentido, através da intuição, cartas de tarô ou horóscopo do dia a melhor inclinação pro que desejam fazer. Opa, apareceu uma nova palavrinha: DESEJO.

Em filosofia,o desejo é uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida” – pt.wikipedia.org/wiki/Desejo

Hummm, desejar é querer, um querer consciente ou não, mas que vai trazer a tal da satisfação. Pronto, tem que saber o que QUER. De novo. Eu geralmente não sei. Investigando o porquê de eu não saber, penso que deve ser falta de habilidade em me ouvir, me dar atenção, algo bem individual, eu e meu umbigo e botões, sentir mais e pensar menos, talvez.

Com a Suely eu consegui evoluir em alguns pontos. Alguns nãos saem com mais facilidade, algumas semelhanças com a Roberta ficaram evidentes e tradicionalmente a figura da Mãe esteve no meio disso tudo. Hoje eu dei uma pausa nesse processo de autoconhecimento acompanhado, por causa de algumas escolhas fora de hora, pra não dizer erradas.

Escolher parece ter mais a ver com tentativas e erros do que com análise econômico-psico-social. Cada escolha, uma renuncia, uma sentença, um ônus, um bônus, e uma confusão no meu juízo.

O Fernando Catatau me entenderia.

Escolher entre chuva e sol, é o mesmo que sofrer de hérnia e correr uma maratona de cem passos de animais"


julho 17, 2011

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O momento é tão confuso e indefinido, que está complicado parar para escrever aqui. É como se esperasse por algum fechamento para postar algo com começo, meio e fim. Mas tenho me convencido e tentado segurar a ansiedade ao ver que o processo está iniciado, mesmo que sem coordenadas especificas.

Continuo distante da disciplina, muito embora algumas vezes eu consiga alcançá-la, seja no horário de dormir, na recusa pelo doce ou pelas aulas da academia. No entanto, toda a inquietação mental está aparente na vida real, na casa, no guarda roupa, entre os esmaltes e onde mais possa haver um objeto fora do lugar.

Tenho resistido mentalmente a aceitar como verdade algumas impressões do tipo: eu sou assim mesmo, sou geminiana, tenho limitações mentais, é só uma fase (outra?), é pura frescura, não devo me pressionar pela decisão, devo aceitar o tempo das coisas, devo me conectar com o máximo de atividades até achar uma bem especial, devo parar tudo e recomeçar, devo manter o foco no que estou fazendo, devo priorizar o biológico, o pessoal, o social, o profissional... ahhhhhhhh Pronto! Começou a confusão. Não sei se a resistência vem da falta de convicção, se pela percepção das perdas e ganhos, se da necessidade proeminente de sair da zona de conforto (?), se com o grande momento em que eu, apenas eu, devo assumir todo o ônus e bônus ou se com a insistente sensação de fazer o que é certo. Certo pra quem? Pra quê?

A Suely (psicoterapeuta) deverá me ajudar a ficar ainda mais confusa, a levantar ainda mais possibilidades e a, quem sabe, soprar toda a nebulosidade pra longe e enxergar o caminho para os próximos passos.

O livro que estou lendo “Identidade de carreira” sugere que façamos experiências. Na medida do possível, experimentar atividades de interesse pra testar se a troca é viável. Eu ainda não consigo mirar pra lugar nenhum, mas estou fazendo listas e escrevendo na agenda, como antigamente, onde tudo que eu precisava fazer era passar no vestibular e conseguir um emprego.

abril 11, 2011

Fita os teus sonhos

Passada a crise de rompimento de inércia pós férias e com a notícia de que o prazo para a entrega do meu TCC do MBA é para o fim desse mês, vi que não adiantava choramingar pelos cantos e me fazer mais uma vez de vítima.

Ah, mas coitadinha de mim acordar cedo todo dia, trabalhar até tarde, não ter tempo pra me exercitar e nem tão pouco estudar.. ah, céus, oh azar...

Stop.
Ontem o personare disse ser este um momento propício para o exercício do desenvolvimento intelectual e o Pr Costa Neto também super me incentivou a sair da zona de conforto. E eu, mesmo sem levao o horóscopo a sério lembrei das tantas obrigações que tenho, além é claro dos inúmeros sonhos que quero alcançar e por isso: hora de trabalhar, baby!

A segunda começou down, mas até que terminou bem. E por isso eu quero deixar aqui uma música bem B O N I T A. Musica de amor, de alguém apaixonado, pois tal paixão, seja pelo que for, pode fazer maravilhas na sua vida.





abril 05, 2011

Hoje eu só quero que o dia termine bem

Hoje é uma terça feira de abril, já é outono e estou convencida de que essa é minha estação. Porque é nela que se dá uma fase bem complicadinha, de difícil entendimento pessoal pra depois eu acordar numa manhã nublada achando que a maturidade me alcançou. Parece que é nesse período que eu saio um pouco mais do casulo e chego mais perto da possibilidade de voar.

Só que hoje o casulo tá apertadíssimo. Sinto uma angústia sem tamanho, uma vontade de não ser do mesmo jeito e de fazer tudo diferente. TPM à parte, as minhas férias me permitiram pensar mais sobre mim e sobre o mundo de possibilidades. Hoje foi muito difícil forjar uma vida real.

Eu só queria ter sonhos no pensamento, fechar os olhos, sentir um cheiro bom, respirar. Hoje eu percebi que nem respirar é fácil e o que mais me chateia é carregar um tom dramático e melancólico em tudo isso. Porque que eu não tenho uma natureza pragmática entre as 7h e 19h do dia?

Envolvida por afeto, neosaldina e a voz do Marcelo Camelo com as melodias do seu segundo CD solo (chamado toque dela) eu vou me embrulhar na cama, respirar e dormir na espera de acordar numa manhã nublada.

fevereiro 14, 2011

Só sei do que não gosto

Ser confrontada sobre as minhas idéias sempre me traz um recuo, um movimento de olhar pro umbigo, uma parada estratégica. Minha reação não é revidar, é ter primeiro um papo my self, analisar o ponto de vista do outro e depois deixar pra lá, pois eu acho a coisa mais linda respeitar a idéia alheia.

Se discordam de mim, tudo bem. Mas eu ainda não consigo entender o fato de o outro querer me convencer que ele, só ele, no mundo todinho está certo. Não, isso não. Essa pessoa ganha meu gentil silêncio e volta algumas casas no jogo da consideração.

fevereiro 13, 2011

Por onde andar?


“Já vou, será (?), eu quero ver. O mundo, eu sei, não é esse lá. Por onde andar? Eu começo por onde a estrada vai” – Rodrigo Amarante


O horóscopo – o novo e o velho, os conselhos religiosos, o espelho, o outro, eu. Todos me dizem: MUDE. Antes mesmo do final de 2010 já me inquietava com isso. Sim, eu quero e preciso mudar, isso é fato.

Mas mudar o que?

O cabelo, sobrancelha, a cor do batom, estilo de vestir, usar sapato alto, short curto, vestido? Mudar os hábitos alimentares, praticar esportes, beber mais água e etc, etc, etc? Ler mais, ver mais filmes, conhecer novos cantores, sair pra dançar, fugir da rotina, e por aí vai?

Tenho tentado de tudo, mas a inquietude permanece. Tenho descoberto a cada dia o quão é difícil ter uma vida disciplinadamente regrada, com metas traçadas e ações definidas. Mas tenho sido otimista e dou um voto de confiança ao Personare quando me diz que esse ano me trará mais amadurecimento e estabilidade. E quando vou aos cultos dia de domingo também fico cheia de entusiasmo acreditando que tudo que tenho planejado aqui dentro há de se realizar, com uma forcinha divina, claro.

Tenho insatisfações como toda criatura e é delas que gosto de escrever. Mas sou feliz e aprendi a gostar do incômodo, pois ele sempre traz boas mudanças, períodos de calmaria e aconchego. A verdade é que tudo se trata de um processo de autoconhecimento, aquele mesmo que eu comecei a registrar no outro blog em 2005, e que hoje me fez querer deixar pra trás tantas lembranças que já não fazem sentido ao meu consciente, mas que com certeza, fizeram de mim a pessoa que escreve agora dizendo que não faz mais sentido. Estranho paradoxo.

Uma das maiores inquietações vem do trabalho. Claro! Passo 70% (ultimamente mais do que isso) do meu tempo trabalhando, convivendo com pessoas do trabalho, respirando aquele ar, conversando aqueles assuntos e me testando dia a dia. E por vezes tenho a sensação de que esse mundo não é o que eu realmente queria ter. Mas qual seria então? Educação, marketing, publicidade, música, vendas, qualquer cargo público que pague bem por 6 horas de trabalho?

Creio que o maior problema seja eu simplesmente não saber. O meu maior medo é nunca encontrar esse mundo legal, no qual eu não viva na expectativa da sexta-feira. Isso é tão triste. O que eu sei é: tudo que você se propõe a fazer com esforço e dedicação tem grandes chances de dar certo. Ok. Mesmo assim tá difícil. O importante é que eu não vou desistir.

janeiro 18, 2011

Pra começar

Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer...

Depois de 5 anos de “deixaoveao” chegou a hora de partir pra outro espaço. Há algum tempo estava matutando num nome pra outro blog e ontem consegui esse “minhasreticencias”. Reticências significa expressar-se de maneira incompleta, omitindo alguma coisa sobre que não se pode ou não se quer falar.

Então, o blog certamente será mais um diário online onde deixarei registros da minha vida, aquilo que está do lado de dentro e que nem sempre quero ou consigo falar, aquilo que não cabe em 140 caracteres, aquilo que me alivia a alma, aquilo que me motiva, me chateia, me faz sonhar, aquilo que eu acredito. Aquilo do que o meu coração está cheio.